quarta-feira, 23 de maio de 2007

Estorvo, Benjamim e Budapeste revelam Chico Buarque como um dos grandes romancistas brasileiros da atualidade
- 08 de Agosto de 2006, 21:09
O primeiro contato com a criação da escrita por parte de Chico Buarque foi o livro de poesia A bordo do Ruy Barbosa, criado em 1963 ou 64, mas publicado apenas em 1981. Em 1966, Chico Buarquetambémcolocaà vendaum livrete com os manuscritos de suas primeiras canções e o conto Ulisses. Mas ainda levariaalgum tempopara ele se aventurar com mais profundidade na escrita. Apenas em 1974 é queo filho de Sérgio Buarque escreve a novela Fazenda Modelo. Cinco anosdepois, surge nas livrarias com a assinatura de Chico olivro-poema infantil Chapeuzinho Amarelo.Mas são nos romances que o artista teria mais desenvoltura entre os livros. O primeiro deles foi Estorvo, publicado em 1991 pela Companhia das Letras. Narrado em primeira pessoa, Estorvo apresenta a saga de um homem com nome não identificado na obra que vaga pelas ruas de uma grande cidade, cansado da rotina e dos personagens de sua vida: sua mãe, irmã, ex-mulher e amigos. O romance de estréia de Chico relevou um escritor de letras pesadasmas que nãoaborrece o leitor. Muito pelo contrário: a espécie de revolta que domina o narrador é bastante sedutora a quem lê. Foi elogiado pela crítica e traduzido para várias línguas.A segunda obra foi Benjamim, lançado em 1995 também pela Companhia das Letras. Dado o teor positivo das críticas do livro de estréia, Benjamim não foi considerado uma aventura literária de Chico Buarque. Pelo contrário: alguns críticos argumentaram que, em sua segunda obra, o lirismo artístico que Chico alcançou na música ganhou equivalência artística na literatura. Foi adaptado para o cinema pelo diretor Ruy Guerra, em 2000.Mas a maturidade da carreira literária de Chico Buarque ocorreu mesmo com seu terceiro romance, Budapeste, lançado em 2004, sempre pela Companhia das Letras. Sua terceira obra retrata um ghost-writer de raro talento que vive uma crise existencial. José Costa, o nome do personagem, busca recuperar-se através de uma viagem para Budapeste, na Hungria, enquanto encara seus dilemas em dubiedade de situações: ele está numa cidadeque na verdade é duas(Budapeste é a junção de Buda e Peste), duas línguas, duas mulheres, duas línguas e outras simetriasde paresmuito bem conduzidas pelo autor, agora também alçado à condição de grande romancista da literatura brasileira.Budapeste ganhou os prêmios Jabuti de melhor livro de 2003 e o Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura em 2005.
O primeiro contato com a criação da escrita por parte de Chico Buarque foi o livro de poesia A bordo do Ruy Barbosa, criado em 1963 ou 64, mas publicado apenas em 1981. Em 1966, Chico Buarquetambémcolocaà vendaum livrete com os manuscritos de suas primeiras canções e o conto Ulisses. Mas ainda levariaalgum tempopara ele se aventurar com mais profundidade na escrita. Apenas em 1974 é queo filho de Sérgio Buarque escreve a novela Fazenda Modelo. Cinco anosdepois, surge nas livrarias com a assinatura de Chico olivro-poema infantil Chapeuzinho Amarelo.Mas são nos romances que o artista teria mais desenvoltura entre os livros. O primeiro deles foi Estorvo, publicado em 1991 pela Companhia das Letras. Narrado em primeira pessoa, Estorvo apresenta a saga de um homem com nome não identificado na obra que vaga pelas ruas de uma grande cidade, cansado da rotina e dos personagens de sua vida: sua mãe, irmã, ex-mulher e amigos. O romance de estréia de Chico relevou um escritor de letras pesadasmas que nãoaborrece o leitor. Muito pelo contrário: a espécie de revolta que domina o narrador é bastante sedutora a quem lê. Foi elogiado pela crítica e traduzido para várias línguas.A segunda obra foi Benjamim, lançado em 1995 também pela Companhia das Letras. Dado o teor positivo das críticas do livro de estréia, Benjamim não foi considerado uma aventura literária de Chico Buarque. Pelo contrário: alguns críticos argumentaram que, em sua segunda obra, o lirismo artístico que Chico alcançou na música ganhou equivalência artística na literatura. Foi adaptado para o cinema pelo diretor Ruy Guerra, em 2000.Mas a maturidade da carreira literária de Chico Buarque ocorreu mesmo com seu terceiro romance, Budapeste, lançado em 2004, sempre pela Companhia das Letras. Sua terceira obra retrata um ghost-writer de raro talento que vive uma crise existencial. José Costa, o nome do personagem, busca recuperar-se através de uma viagem para Budapeste, na Hungria, enquanto encara seus dilemas em dubiedade de situações: ele está numa cidadeque na verdade é duas(Budapeste é a junção de Buda e Peste), duas línguas, duas mulheres, duas línguas e outras simetriasde paresmuito bem conduzidas pelo autor, agora também alçado à condição de grande romancista da literatura brasileira.Budapeste ganhou os prêmios Jabuti de melhor livro de 2003 e o Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura em 2005.

http://www.abril.com.br/noticia/abril/no_154779.shtml

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