terça-feira, 24 de abril de 2007

Textos que valhem a pena...

De Italo Calvino a Ricardo Piglia, do centro para a margem: o deslocamento como proposta para a literatura deste milênio - Renato Cordeiro Gomes

http://www.scielo.br/pdf/alea/v6n1/a02v06n1.pdf

Encontrei na net um link para o texto do Renato Cordeiro Gomes em PDF. Tem 13 páginas e valhe muito a pena ser lido, especialmente para os amantes da Literatura e da Teoria Literária.

Abraços.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

A Lapa (mais um link interessante!)

Vou postar mais um link dessa vez sobre a Lapa. Entender ou conhecer a Lapa faz toda a diferença dentro da "Ópera do Malandro", já que a história toda se passa na mesma. Pelo menos o fez para mim e como grande admiradora do Rio de Janeiro e em especial da Lapa, foi muito bom ler esse texto de Beatriz, cujo texto fala da antologia organizada por Isabel Lustosa com texto sobre a Lapa. Um trechinho da introdução para vocês darem uma olhadinha. Também está em pdf, mas é bem curtinho. Quem tiver a antologia de Isabel Lustosa e quiser indicar, é só chamar. Abraços.

PS: Eu coloco os links aqui e na seção "Outras fronteiras" tá?

A Lapa e os filhos da revolução boêmia
Beatriz Kushnir
Lapa do desterro e do desvario – uma antologia
Organizado por Isabel Lustosa
Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2001

Essa coletânea de textos tem como foco a Lapa, como um espaço de sociabilidade boêmia habitado por personagens revestidos de exotismo e decadência. Para muitos que observaram esse palco da diversão e têm para si a cidade do Rio de Janeiro como a materialização tropical da Belle Époque, a imagem da “Montmartre carioca” parece a sua melhor definição. O volume, organizado por Isabel Lustosa, é uma edição bem cuidada que traz 26 escritores, poetas, músicos e cronistas percorrendo esse espaço como habitantes e/ou visitantes, no longo tempo de fins do século XIX aos anos 1970. Além do registro desses escritos, há também a preocupação de reunir quase 30 desenhos e fotos desse território que fascina pela idéia de perdição/beleza/liberdade/caos. Seus autores – cariocas legítimos, ou adeptos da visão de que a cidade é “a outra terra natalde todos nós que não tivemos a graça de nascer aqui”, segundo Luís Severo da Costa em um Sabadoyle –, produziram crônicas, letras de músicas e trechos de autobiografias, que aqui foram divididos em duas partes, não nomeadas, mas coloridas, entre o azul e o púrpura. No universo danoite, Isabel Lustosa englobou de Aluísio de Azevedo a Mario Lago, passando por João do Rio e Lima Barreto, Wilson Batista e Noel Rosa, Drummond e Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes eHerivelto Martins, entre outros. Já o vermelho sangue tem os depoimentos e/ou a bela escrita de naipes como, entre outros, Madame Satã, Rubem Fonseca e Aguinaldo Silva.

Relação Trabalho x Malandragem na "Ópera do Malandro" de Chico Buarque.

Estou postando o link da tese de FRANCISCUS WILLEM ANTONIUS MARIA VAN DE WIEL, denomidada TRABALHO E MALANDRAGEM COMO REPRESSÃO E TRANSGRESSÃO NAS CANÇÕES DA ‘ÓPERA DO MALANDRO’ DE CHICO BUARQUE apresentada em 2003 para o seu doutorado na PUC - SP. O trabalho realizado por Franciscus é extremamente interessante. está em PDF e tem aproximadamente 206 páginas.
Vou apresentar também o resumo dessa tese para que todos possam saber um pouco mais sobre o trabalho antes de lê-lo. Abraços.


"RESUMO
Este trabalho tem como objetivo investigar como as imagens construídas
no discurso das canções da Ópera do Malandro, de Chico Buarque, sobre
trabalho e malandragem, refratam e refletem o discurso fundador brasileiro. Esse
discurso se opõe à concepção de que nossos primeiros habitantes, segundo os
tomos de História do Brasil que lemos na escola tradicional, não teriam lastro
cultural para conviver com o elemento branco europeu, e, conseqüentemente,
trabalhar para ele. Os silvícolas brasileiros, e, posteriormente, os brasileiros em
geral, na verdade, assumem uma postura passiva, silenciosa, ou ainda aquela de
não trabalhar, fato que se apóia na rede tecida pelo discurso do colonizador de
que são incompetentes e de que nada sabem sem a interferência do discurso
dominante, o que, por sua vez, inconscientemente, segundo o nosso ponto de
vista, constitui um discurso de resistência.
Metodologicamente, empreendemos no nosso trabalho um vaivém dialético
entre a história das formações ideológica e discursiva de nosso povo e as
canções que analisamos. Em vista disso, empreendemos um levantamento da
situação de enunciação constituinte do discurso sobre o corpus que examinamos.
Essa historicidade fundamenta o aparecimento de imagens que se perpetuam na
práxis social e encontram-se nas canções da Ópera, de Chico, não mais em
forma de clichês, mas modificadas discursivamente pelo viés da ironia, base da
carnavalização de seu discurso.
Como suporte teórico, trabalhamos com as noções de ironia, paratopia de
personagem e de espaço, discurso fundador, amarrados dentro da cenografia de
Dominique Maingueneau. Os resultados colhidos, ou sejam, as imagens
pesquisadas nas canções, refletem, sim, as imagens formadas no seio de nossa
sociedade, nas suas mais variadas formas de expressão, porém modificadas,
metamorfoseadas, invertidas pelos mecanismos discursivos da carnavalização,
propostos por Bakhtin."

A Ópera do Malandro se apresenta.



Imagem da Ópera do Malandro, filme de Ruy Guerra de 1985, baseado no musical de Chico Buarque.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Começar do começo!

Iniciamos esse blog no intuito de dividir com outros interessados, nossas pesquisas a respeito das cidades na literatura de Chico Buarque, disciplina cursada na Faculdade de Letras da UFMG, ministrada pela professora Mariangêla Paraizo no primeiro semestre de 2007.