quarta-feira, 4 de abril de 2007

A Lapa (mais um link interessante!)

Vou postar mais um link dessa vez sobre a Lapa. Entender ou conhecer a Lapa faz toda a diferença dentro da "Ópera do Malandro", já que a história toda se passa na mesma. Pelo menos o fez para mim e como grande admiradora do Rio de Janeiro e em especial da Lapa, foi muito bom ler esse texto de Beatriz, cujo texto fala da antologia organizada por Isabel Lustosa com texto sobre a Lapa. Um trechinho da introdução para vocês darem uma olhadinha. Também está em pdf, mas é bem curtinho. Quem tiver a antologia de Isabel Lustosa e quiser indicar, é só chamar. Abraços.

PS: Eu coloco os links aqui e na seção "Outras fronteiras" tá?

A Lapa e os filhos da revolução boêmia
Beatriz Kushnir
Lapa do desterro e do desvario – uma antologia
Organizado por Isabel Lustosa
Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2001

Essa coletânea de textos tem como foco a Lapa, como um espaço de sociabilidade boêmia habitado por personagens revestidos de exotismo e decadência. Para muitos que observaram esse palco da diversão e têm para si a cidade do Rio de Janeiro como a materialização tropical da Belle Époque, a imagem da “Montmartre carioca” parece a sua melhor definição. O volume, organizado por Isabel Lustosa, é uma edição bem cuidada que traz 26 escritores, poetas, músicos e cronistas percorrendo esse espaço como habitantes e/ou visitantes, no longo tempo de fins do século XIX aos anos 1970. Além do registro desses escritos, há também a preocupação de reunir quase 30 desenhos e fotos desse território que fascina pela idéia de perdição/beleza/liberdade/caos. Seus autores – cariocas legítimos, ou adeptos da visão de que a cidade é “a outra terra natalde todos nós que não tivemos a graça de nascer aqui”, segundo Luís Severo da Costa em um Sabadoyle –, produziram crônicas, letras de músicas e trechos de autobiografias, que aqui foram divididos em duas partes, não nomeadas, mas coloridas, entre o azul e o púrpura. No universo danoite, Isabel Lustosa englobou de Aluísio de Azevedo a Mario Lago, passando por João do Rio e Lima Barreto, Wilson Batista e Noel Rosa, Drummond e Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes eHerivelto Martins, entre outros. Já o vermelho sangue tem os depoimentos e/ou a bela escrita de naipes como, entre outros, Madame Satã, Rubem Fonseca e Aguinaldo Silva.

Nenhum comentário: